Escolher a escola da Marina para nós não foi tarefa fácil.
Há um ano atrás, antes de viajarmos para a Inglaterra, começamos a pensar no assunto. Como Marina ainda estava muito longe da realidade de agora, resolvemos apenas perguntar para os amigos quais as creches/escolas que eles indicariam e quando voltássemos escolheríamos. Acabou que o período de matrícula para alunos novos se deu por volta de outubro/novembro e resolvemos então matricula-la nas escolas mais indicadas: Criança Feliz e Jardim do Sol.
O que eu sabíamos das duas escolas era que a Criança Feliz era uma escola com uma aparência mais bonita e que ficava bem fora de mão para levarmos à Marina. Da Jardim do Sol o que sabíamos é que a aparência era piorzinha, mas ficava super tranquilo leva-la já que é no caminho para a FURG. Ambas eram consideradas boas escolas e assim que chegamos em Rio Grande tratamos de conhecer as duas.
Começamos pela Criança feliz.
Lá fomos atendidos pela diretora e o fato dela ser formada em artes e dar aulas de francês considerei como pontos muito positivos. Ela começou contando sobre as linhas gerais da escola, as atividades, mas nada muito específico da turma da Marina e até aí tudo bem.
Chegou numa hora em que ela disse que a sineta toca às 13:30h e a partir daí a conversa desandou. Descobrimos então que a escola só atende em um período, mas, se os pais PRECISASSEM, eles QUEBRAM UM GALHO com uma cuidadora para todas as crianças, mas SEM ATIVIDADE NENHUMA. Já não gostei do fato de eles optarem por oferecer um segundo turno, mas de uma forma quebra-galho.
Perguntamos se a escola oferecia almoço. Ela disse que a escola prefere que os pais busquem a criança para almoçar, mas, SE PRECISASSE, eles QUEBRAM UM GALHO e dariam o almoço que levássemos para a Marina.
Marina ainda é bem bebezona e tem a necessidade de dormir à tarde, mas a diretora disse que na turma dela NÃO PODE DORMIR, mas se precisar muito eles QUEBRAM UM GALHO colocando a Marina num SOFÁ. Já achei um total desrespeito as necessidades de uma criança de 2 anos e fiquei pensando em quem olharia ela enquanto estivesse no tal sofá.
Perguntamos a relação professor/aluno e lá são 2 professoras para 20 crianças. Consideramos que essa relação poderia até ser razoável para crianças maiores, mas para a idade da Marina temos certeza que a qualidade do atendimento não seria como esperávamos.
Para completar ela diz que a Marina não seria mimada e sim DESAFIADA, pois uma criança feliz é a que vence desafios. Daí vimos que a ideia da escola é bem diferente do que pensamos, pois o que queremos é que a Marina esteja num local em que ela se sinta amada e bem cuidada e não vencendo desafios aos dois anos.
Conclusão, Criança feliz pode até ser uma escola boa, mas não para a idade da Marina. Saí aos prantos da escola…
No outro dia fomos conhecer a Jardim do Sol.
Já fomos meio desanimados, mas lá fomos nós.
Lá a conversa foi num rumo completamente diferente. Da Criança Feliz parecia que a Marina era uma abobada por não atender o ritmo da escola, na Jardim do Sol, a visão que eles têm de uma criança de 2 anos é exatamente a mesma que nós temos e tudo que eu falava da Marina ela considerava como o normal para todas as crianças da idade dela.
Os pontos mais importantes foram então essa visão de necessidade de cuidados aos 2 anos, eles respeitarem a hora do soninho, mas principalmente serem DUAS professoras para OITO crianças! E esse número consideramos como muito mais adequado para a idade da Marina.
Fomos pra casa mais animados, mas para ela ficar na Jardim do Sol nossos horários de aula pela manhã não poderiam bater e a vovó Vera teria que estar disposta a nos dar uma força mais uma vez. Reunião familiar terminada e tudo certo, Marina ficaria em casa pela manhã com um de nós 3 e à tarde levaríamos ela para a escola Jardim do Sol!
Como já me disseram, não existe escola perfeita e sempre existirão mil defeitos, mas creio que essa escola é muito mais aberta a participação dos pais e atendem muito melhor ao que NÓS CONSIDERAMOS como o MELHOR para a Marina.
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